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O presente sítio eletrônico detalha o passo a passo da construção do “Projeto Pedagógico Axé Odara”, uma experiência educacional decolonial, crítica e antirracista. Destaca possibilidades e limites de implantar uma atividade pedagógica insurgente que movimente a escola ao mesmo tempo que convida subjetividades diversas a bailar em samba de roda, cujo objetivo não é outro senão decolonizar mentalidades.

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ENCRUZILHADA

Página Inicial 

CATAR FOLHAS

Suporte Teórico do Projeto

ODARA 2017

Atividades desenvolvidas em 2017

 

ODARA 2018

Atividades desenvolvidas em 2018

ODARA 2019

Atividades desenvolvidas em 2019

BELEZA NEGRA

Desfiles de Beleza Negra do Projeto Pedagógico Axé Odara

BANHO DE FOLHAS

Avanços, Desafios e Negociações

A BOCA QUE TUDO COME

Sugestão de vídeos para uma educação antirracista

REFERÊNCIAS

Textos que estruturam o Projeto Pedagógico Axé Odara

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     Idealizado no decorrer de minha vida profissional/acadêmica, o “Projeto Pedagógico Axé Odara” tem sido elaborado na escola em que leciono, desde 2017. Em 2019, ganhou maior volume teórico por meio de estudos promovidos no Mestrado em “Ensino e Relações Étnico-raciais” da Universidade Federal do Sul da Bahia – PPGER/UFSB. 
   Trata-se de um projeto vivo, articulado pacientemente, cujas minúcias – como folhas – foram recolhidas com o intuito de que em algum momento a atividade pedagógica da escola em que trabalho, Colégio Estadual Cristina Batista, possa se voltar para uma “Comunidade Pedagógica Decolonial de Aquilombamento”. 
   Trata-se de projeto com outra mirada, a saber, Decolonial, que se relaciona com um movimento ético-crítico-reflexivo-negro porque busco promover por meio de educação afro referenciada, espaços de resistência e conscientização, uma educação negra cuja pedagogia é engajada. Em papo reto, meu interesse é colocar o quilombo dentro da escola.
   Colocar o quilombo dentro da escola significa propiciar espaços pedagógicos para a presença equânime e justa de saberes, lócus livre de preconceitos, prenhe de memórias tradicionais e epistemologias negras, línguas e modos de falar diversos da tradição gramatical e normativa escolar, acolhedor de práticas culturais e tradições, facilitador de discussões em torno de territorialidade e de modos outros de ser e de estar no mundo para além do capitalismo, como por exemplo, o comunitarismo.

   Em outras palavras, colocar o quilombo dentro da escola implica em acolher generosamente saberes protagonizados por pessoas com pertencimentos marcados pelas diásporas negras, como se pôde ver na entrevista do Silvio Almeida para Programa Roda no dia 22 de junho de 2020.
Convido-os a perceber as encruzilhadas desenvolvidas no presente projeto.

Axé!
Que Odara permita!
Que Ori pemita!

Claro, a briga é política. Isso nos faz voltar à questão da representatividade. Uma
desgraça não é menos desgraça se ela for colorida. Esse é o ponto. Tratar o racismo com
sofisticação, tal como sempre foi tratado por pessoas que são desprezadas, inclusive, na
academia, porque, vejam, nesse espaço nós tivemos Milton Santos, que ao tratar dessa
questão, tratava dentro de um contexto muito maior. O que quero colocar aqui é o fato de
que não adianta pensar a questão racial apenas no campo da mera representatividade sem
que isso implique, também, em todo um estofo de uma agenda pública que vá além da
questão racial. Porque a ideia da luta anti-racista não é simplesmente para reforçar a luta
das raças, mas para superá-las como uma forma de classificação dos indivíduos. A raça tem
que ser superada, mas, para isso, tem que se reconhecer o que a raça ainda pode fazer na
vida das pessoas, o mal que o racismo causa, como o racismo articula e organiza a realidade.
Então, não adianta simplesmente, esse é um truque velho, inclusive, você colocar negro nos
espaços simplesmente para dizer que o racismo ali não tem lugar, quando, na verdade, é um
reforço ainda maior do racismo contra os negros.

Jurista Silvio Almeida, Roda Viva, 22 jun 2020

Cauim Benfica, coordenador do Projeto Pedagógico Axé Odara, 2020
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